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22 de dez. de 2009

SOBREVIVÊNCIA DO MAIS BONDOSO

Nascidos para o Amor: teoria defende a "sobrevivência do mais bondoso."

O Gene Altruísta

Cientistas estão desafiando crenças aceitas há décadas - na época apresentadas como descobertas científicas - de que os seres humanos seriam fisiologicamente constituídos para serem egoístas. Esta noção ganhou a adesão de grande parte da comunidade científica principalmente através dos trabalhos do cientista e pregador ateu Richard Dawkins, através de seu livro "O Gene Egoísta". Hoje, grande parte dos próprios geneticistas discorda das conclusões de Dawkins.


Pesquisadores da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, depois de realizarem uma vasta gama de estudos, afirmam ter coletado um grande conjunto de evidências que demonstra que nós estamos evoluindo [sic] para nos tornarmos mais cheios de compaixão e mais colaborativos em nossa busca para sobreviver e prosperar. Em contraste com o "cada um por si" de muitas interpretações da teoria da evolução pela seleção natural, o psicólogo Dacher Keltner e seus colegas defendem que os seres humanos são tão bem-sucedidos como espécie precisamente por causa do nosso carinho, altruísmo e compaixão.


"Eles chamam esse mecanismo de "sobrevivência do mais bondoso." O trabalho resultou no livro "Nascido para ser Bom: A Ciência da Vida Plena," ainda sem tradução no Brasil.


Habilidade para cuidar dos outros


"Como nossas crianças são muito vulneráveis, a tarefa fundamental para a sobrevivência humana e para a replicação dos nossos genes é tomar conta dos outros," afirma Keltner. "Os seres humanos têm sobrevivido como espécie porque nós evoluímos [sic] nossa capacidade de cuidar das pessoas que necessitam e para cooperar. Como Darwin há muito tempo supôs, a simpatia é o nosso instinto mais forte."


A equipe de Keltner está estudando como a capacidade humana de cuidar e cooperar com os outros está implantada em regiões específicas do cérebro e do sistema nervoso. Um estudo recente descobriu evidências convincentes de que muitos de nós somos geneticamente predispostos a sermos compreensivos e termos empatia. Este estudo, feito Laura Saslow e Sarina Rodrigues, da Universidade Estadual do Oregon, descobriu que pessoas com uma variação particular do gene do receptor de oxitocina (ou ocitocina) são mais aptas à leitura do estado emocional dos outros e tornam-se menos estressados em circunstâncias tensas. Informalmente conhecido como "hormônio do aconchego", a oxitocina é secretada na corrente sanguínea e no cérebro, onde ela promove a interação social, a educação e o amor romântico, entre outras funções.


"A tendência a ser mais compreensivo pode ser influenciada por um único gene," diz Rodrigues.


Como a bondade garante a sobrevivência?


Enquanto estudos mostram que o estabelecimento de conexões e relacionamentos sociais pode contribuir para uma vida mais significativa e saudável, a grande pergunta que os pesquisadores agora estão fazendo é, "Como é que estas características garantem a nossa sobrevivência e elevam nosso status entre os nossos pares?"


Uma resposta, de acordo com o psicólogo e sociólogo Robb Willer, é que, quanto mais generosos formos, mais respeito e influência exerceremos. Em um estudo recente, Willer e sua equipe deram uma pequena quantia em dinheiro a voluntários que participavam de uma pesquisa. A seguir, levou-os para participar de jogos de complexidade variada, cujos resultados apontavam para benefícios para o "bem comum".


"Os resultados, publicados na revista American Sociological Review, mostram que os participantes que agiram mais generosamente receberam mais presentes, mais respeito e mais cooperação de seus pares e exerceram maior influência sobre eles."


"Os resultados sugerem que qualquer pessoa que age apenas em seu próprio interesse será evitada, desrespeitada, e mesmo odiada", disse Willer. "Mas aqueles que se comportam generosamente com os outros são tidos em alta estima por seus pares e, portanto, têm seu status elevado."


Psicologia positiva


Os benefícios da generosidade são tão grandes que os cientistas não estão mais se preocupando em por que as pessoas são generosas, mas invertendo a lógica para pesquisar o que parece ser mais patológico - por que algumas pessoas se tornam egoístas. Esses resultados validam os resultados da "psicologia positiva", inaugurada por Martin Seligman, um professor da Universidade da Pensilvânia, cujas pesquisas, no início dos anos 1990, deslocaram-se das doenças mentais e das disfunções para investigar os mistérios da alegria e do otimismo humanos.


Embora grande parte da psicologia positiva atual esteja focada na realização pessoal e na felicidade individual, os pesquisadores da Universidade de Berkeley estreitaram suas pesquisas, estudando como ela contribui especificamente para o bem-comum.


Criando filhos mais felizes


Christine Carter, por exemplo, diretora-executiva Centro de Ciências para o Bem Maior, é criadora do site "Ciência para Criar Crianças Felizes," numa tradução livre.


O objetivo do site Raising Happy Kids, entre outras coisas, é apoiar e promover a criação de crianças "emocionalmente alfabetizadas". Carter traduz as pesquisas cheias de rigor científico em conselhos práticos para os pais. Ela diz que muitos pais estão se afastando das atividades materialistas e competitivas e repensando o que vai trazer a verdadeira felicidade e bem-estar para as suas famílias.


"Eu descobri que os pais que começam conscientemente a cultivar a gratidão e a generosidade em seus filhos veem rapidamente seus filhos tornarem-se mais alegres e mais felizes", disse Carter, que é autora do livro Criando felicidade: 10 etapas simples para filhos mais alegres e pais mais felizes, que estará nas livrarias em fevereiro de 2010.


"O que é muitas vezes surpreendente para os pais é o quanto mais felizes eles próprios podem tornar-se," diz ela.


(Diário da Saúde)


NOTA: Consegui me lembrar rapidamente de algumas passagens que associei ao assunto do artigo acima, veja só suas ligações:

A Bíblia diz para os egoístas: "Por que te glorias na malícia, ó homem poderoso? Pois a bondade de Deus permanece continuamente." (Salmos 52 : 1)

E sabendo que Deus é bom, vejamos: "E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou." (Gênesis 1 : 27)

Mas, "Eis aqui, o que tão-somente achei: que Deus fez ao homem reto, porém eles buscaram muitas astúcias." (Eclesiastes 7 : 29)

Bem, temos no artigo uma evidência das mãos do criador.

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18 de dez. de 2009

VINHO TINTO FAZ BEM A SAÚDE?

Frequentemente, encontramos artigos publicados em jornais e revistas falando sobre os benefícios do vinho tinto, baseados em evidências científicas de que a ingestão de pequenas doses diárias da bebida podem reduzir o risco de doenças cardíacas. Criou-se, então, o mito de que uma taça diária de vinho não faz mal, e muitas pessoas aderiram à moda, muitas vezes recomendada pelo próprio médico. Será que o consumo de vinho tinto faz bem à saúde?

Já se descobriu que os efeitos benéficos do vinho, especialmente o tinto, devem-se aos flavonóides e ao resveratrol das uvas. Os flavonóides são substâncias antioxidantes conhecidas por aumentar o HDL colesterol ("colesterol bom"), diminuir o risco de entupimento das artérias coronárias (aterosclerose) e ajudar a baixar a pressão arterial. O resveratrol é uma substância encontrada naturalmente em diversas plantas, como na casca das uvas (também nas sementes de algumas variedades), no amendoim e no mirtilo, em menores quantidades. Em experimentos com ratos de laboratório, o resveratrol tem efeito anticâncer, antiinflamatório, redutor da glicemia e outros benefícios cardiovasculares.

Por esse motivo, recomendava-se o uso diário do vinho tinto como um santo remédio. Entretanto, não podemos esquecer que o vinho tinto também contém álcool, popular nas pesquisas científicas por causar danos em quase todo o corpo. Além dos danos físicos, o consumo de álcool também é grande responsável por acidentes de trânsito, problemas conjugais, familiares e sociais.

O Instituto Nacional Sobre o Abuso do Álcool e Alcoolismo (NIAAA), nos Estados Unidos, publicou resultados de autópsias mostrando que os pacientes com história de consumo crônico de álcool têm cérebro menor, mais leve e mais encolhido do que os adultos não alcoólicos da mesma idade e gênero. O principal dano cerebral ocorre no córtex do lobo frontal, centro das funções intelectuais executivas, responsável pelo pensar, personalidade, força de vontade e auto-controle. O álcool também prejudica o controle do diabetes e aumenta a pressão arterial.

Em mulheres, os efeitos lesivos do álcool são mais pronunciados do que nos homens, com risco maior de desenvolver cirrose, lesão cardíaca e neuropatias (lesão dos nervos). Mulheres grávidas que bebem álcool podem causar no bebê a Síndrome Alcoólica Fetal, caracterizada por retardo mental e malformações congênitas. Em homens, abuso de álcool pode interferir na função sexual causando infertilidade por atrofia das células produtoras de testosterona, pode prejudicar o desejo sexual e causar impotência.

Recentemente, o Instituto Nacional do Câncer (Inca), na França, publicou um artigo que recomenda o combate do hábito de beber diariamente. Segundo o estudo, consumir uma dose de álcool por dia aumenta o risco de câncer em até 168%, dependendo do tipo de câncer. O risco maior está nos cânceres de boca, faringe e laringe, mas também é aumentado em cânceres de esôfago, colo-retal, do sangue e do fígado.

Conclusão: beber vinho tinto para a saúde do coração não vale a pena, pois os riscos são maiores do que os benefícios. Essa opinião vem sendo defendida também pela Organização Mundial de Saúde (OMS), na publicação Dieta, Nutrição e Prevenção de Doenças Crônicas, 2003, página 90.

Curiosamente, isso já era dito pelo sábio rei Salomão há milênios, antes de Cristo e das pesquisas científicas: "Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo, e se escôa suavemente; no seu fim morderá como a cobra..." (Provérbios 23:31, 32).

Isso significa que não podemos usufruir dos benefícios dos flavonóides e do resveratrol? De maneira alguma. Segundo a Dra. Martha Grogan, da Clínica Mayo (EUA), estudos recentes indicam que o suco natural de uva pode ter os mesmos benefícios cardiovasculares do vinho tinto. Esta é uma boa notícia para quem quer os benefícios da uva sem os efeitos indesejáveis do álcool. Existe atualmente grande variedade de sucos integrais de uva nas prateleiras, muitos deles sem açúcar, conservantes ou outros aditivos químicos. Outra opção seria comprar uvas vermelhas em caixas e produzir suco em casa. É mais trabalhoso, mas, sem dúvida, muito saudável e saboroso.

Luiz Fernandes Sella

(Outra Leitura)
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1 de dez. de 2009

ARQUEOLOGOS ADVENTISTAS SÃO DESTAQUE NA ISTO É

A revista IstoÉ desta semana traz matéria sobre o trabalho de arqueólogos brasileiros, dois dos quais adventistas: os doutores Rodrigo Silva e Jorge Fabbro. Leia aqui alguns trechos da reportagem: "Fazia 40 graus à sombra, debaixo de uma tela de plástico perfurada em Monte Sião, Jerusalém. Corria o último mês de julho e cerca de 50 titulados acadêmicos de diferentes partes do mundo distribuíam picaretadas nessa porção de terra sagrada, onde ficava a residência de Caifás, o sumo sacerdote que presidiu os dois julgamentos de Jesus Cristo. Todos haviam trocado de bom grado o ar-condicionado de suas salas nas universidades para suar sob o sol escaldante da cidade santa, em busca de tesouros históricos.

No meio dessa turma um brasileiro, professor de arqueologia, com um chapéu à Indiana Jones na cabeça, lutava contra uma tendinite no braço esquerdo provocada por uma inflamação na coluna cervical. Aos 54 anos, o paulista Jorge Fabbro, teólogo com mestrado em arqueologia pela Andrews University (EUA), não queria abandonar a terceira expedição da qual participava em Israel. Além de atender às preces do professor Fabbro, Deus deu o ar da graça a todos os seus colegas de empreitada.

A escavação da qual participavam resultou em uma das maiores descobertas da arqueologia bíblica deste ano: uma taça de pedra, datada do século I d.C., na qual estão escritas dez linhas, possivelmente em aramaico ou em hebraico. Trata-se de um código secreto, ainda misterioso, formado por algumas letras redigidas de cabeça para baixo e frases de trás para a frente. Uma relíquia do tipo, suspeitam os pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte que capitaneavam a missão, pode ter sido usada por Jesus para se lavar ritualmente antes da última ceia.

Não existe na história de Israel nenhum vaso ritual com inscrição tão extensa quanto este. "Infelizmente não fui eu quem deu a picaretada para tirá-lo do chão", lamenta-se, em um primeiro momento, o professor Fabbro. "Mas o prazer de tocar em um objeto que ninguém tinha visto em dois mil anos é indescritível."

Saciar o espírito aventureiro, próprio do herói da série "Indiana Jones", e contribuir com a ciência motivam alguns arqueólogos brasileiros a deixar de lado os livros e o conforto do lar para, no Exterior, sujar as mãos de terra em busca de objetos raros. Não é tarefa fácil. Em 2007, o professor mineiro Rodrigo Pereira da Silva, especialista em arqueologia pela Universidade Hebraica de Jerusalém, escavou na Jordânia.

Como os trabalhos em sítios arqueológicos começam cedo por causa do calor, passou um mês acordando às 4h da manhã. Com um turbante na cabeça e munido de trena, pá, picareta, colher de pedreiro, vassoura e pincel, ele dava expediente em uma camada de terra do período persa datada do século VI a.C. até a hora do café, às 8h.

Duas horas e meia mais tarde, Silva, que leciona no Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), almoçava no alojamento próximo dali, onde ele e outros colegas dormiam. À tarde, o sol castigava e não havia escavação. A labuta, porém, não parava. Com um balde de água e escova de dente, os pesquisadores tinham de lavar os achados.

Com algumas poucas mudanças, esse foi o ritual de Silva, 39 anos, nas seis expedições que constam de seu currículo. "É um trabalho gostoso, no qual não existe a síndrome da segunda-feira", afirma o professor, que descobriu uma estatueta datada entre 10 mil a.C. e 5 mil a.C., hoje exposta no museu de Shaar ha Golan, em Israel.

Empoeirar-se em terras sagradas do Oriente Médio - o professor Fabbro conta que a cada dois dias de trabalho joga-se fora uma camiseta e uma calça - custa caro e, na maioria dos casos, é bancado pelo próprio acadêmico. Silva desembolsou cerca de R$ 10 mil na missão da Jordânia. Fabbro, que se inscreveu e foi selecionado pela Universidade da Carolina do Norte, contou com o patrocínio de R$ 20 mil da Universidade Santo Amaro (Unisa), na qual leciona, para passar seis semanas em Jerusalém. (...)

"[O] arqueólogo Fabbro, que chegou a escavar com caças israelenses sobrevoando sua cabeça, brinca ao citar a maior das aventuras dessa profissão fascinante: 'Dividir o quarto com colegas. Até Ph.D. ronca!'"

Jorge Fabbro. Idade: 54 anos. Formação: teólogo e advogado, mestre em arqueologia pela Andrews University (EUA). Expedições: Israel (nas cidades de Tel Dor, Megiddo e Jerusalém). Descobertas: taça de pedra com uma inscrição de dez linhas usada por sacerdotes do primeiro século do cristianismo. É o vaso ritual que apresenta a inscrição mais extensa da história de Israel. Escama de bronze de 700 a .C. que fazia parte da couraça de um guerreiro.

Rodrigo da Silva. Idade: 39 anos. Formação: teólogo, filósofo e doutor em teologia bíblica. Fez pós-doutorado em arqueologia na Andrews University (EUA), além de cursos de arqueologia na Universidade Hebraica de Jerusalém. Expedições: escavações em Israel, Jordânia, Sudão e Espanha. Descobertas: uma estatueta do período neolítico, datada entre 10000 a. C. e 5000 a. C., hoje exposta no museu de Shaar ha Golan, em Israel, e três moedas gregas raras.


Lido no Blog Criacionismo.

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