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2 de out. de 2013

"Descobertas" das Arca de Noé e o desserviço a Bíblia

Não sou de maneira nenhuma partidário de Hitler ou das ideias que ele defendeu. Mas considerando a rara sinceridade com que ele admitiu algumas intenções de seu projeto e a advertência que nos vem disso, gostaria de começar esse texto citando um de seus pensamentos ou diria confissões. Ele disse: “É mais fácil envolver o povo numa grande mentira, do que numa pequena. Quanto maior a mentira, mais pessoas acreditarão nela… Torne a mentira grande, simplifique-a, continue afirmando-a, e eventualmente todos acreditarão nela.” (MeinKampf, 185).

O mesmo espírito que inspirou Hitler a usar esse método de propagar inverdades parece estar por detrás de muitos boatos e enganos que surgem, especialmente, nas mídias sociais. E o Inimigo de Deus não teria estratégia melhor, senão criar boatos aparentemente favoráveis à Bíblia, apenas para depois desmentir tudo como puro embuste e, na esteira das denúncias, lançar descrédito à Palavra de Deus.

Veja que é coisa muito séria tentar defender a Bíblia com fatos falsos. A própria idoneidade da Palavra de Deus é posta em questionamento. Disse Jesus: “Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna.” Mateus 5:37. É claro que há argumentos que usamos que são hipóteses, mas ainda assim, elas têm de ser plausíveis e nunca mentirosas. Mais doído do que ouvir um oponente defender mal a idéia que combatemos é ouvir um aliado defender mal a ideia com a qual simpatizamos. O curioso é que mesmo com advertências óbvias como estas, vira-e-mexe testemunhamos o aparecimento de matérias sensacionalistas dizendo num momento que encontraram as rodas dos carros de Faraó debaixo do Mar Vermelho, noutro que localizaram os restos de Sodoma e Gomorra debaixo do Mar Morto.

E o campeão destes boatos sem fundamento é o suposto achado da arca de Noé. Há tantos que os autores de língua inglesa chegaram a criar um trocadilho para esses exploradores da arca perdida. Eles ironicamente os chamam de arcaeólogos, ao invés de arqueólogos! Ao todo já relacionei ao relatório mais de 40 supostos achados da arca de Noé e além de serem todos falsos ou inconclusos, eles têm mais dois pontos em comum: primeiro que foram todos encontrados por leigos sem nenhuma formação ou treinamento de arqueologia e segundo, que a maioria deles convenceram muitas pessoas apesar de apresentarem provas questionáveis e relatos contraditórios.

Só sei que se um desses relatos estiver verdadeiro, todos os demais têm de ser falsos, por mais bem defendidos que tenham sido. A menos, é claro, que existam várias arcas de Noé ou que a mesma esteja ainda surfando até hoje sob as geleiras do Ararate porque seus vestígios ora aparecem num canto, ora aparecem noutro. E todos afirmando sem medo de errar que acharam a verdadeira arca de Noé! Um desses últimos achados se deu há cerca de 5 anos, mas especulações acerca do mesmo continuam bem firmes na Internet. Afirma-se que um grupo de chineses e turcos teria encontrado o barco milenar e até feito filmagens dentro dele. Será verdade? Eu mesmo ficaria muito feliz se fosse, mas por honestidade acadêmica e cristã, sou obrigado a dizer que se trata de mais um engano. Mais um desserviço à propagação da Palavra de Deus.

Tive a oportunidade de trocar e-mails e conversar pessoalmente com o Dr. Randall Price, arqueólogo americano que num primeiro momento teve seu nome associado ao grupo. Ele não somente negou que aquilo fosse verdade, mas ainda se disse desapontado com a falta de sinceridade do grupo. O Dr. Price, para que todos saibam, chegou a fazer parte da primeira expedição dos Chineses quando esses lhe mostraram as fotos do achado em 2008. Ele conseguiu um recurso de cem mil dólares para o projeto, mas em pouco tempo percebeu que as evidências apresentadas não passavam de uma fraude. Em 2009 Dr. Price e outros especialistas identificaram a caverna e os troncos que os chineses usaram para produzir o seu “filme”. Na verdade eles nunca estiveram dentro da arca de Noé!

Aliás, mesmo sem essa informação, o que eles apresentaram já era por si só digno de ceticismo. Veja o dilúvio ocorreu há pouco mais de 4 mil anos, logo, essas madeiras jamais estariam em perfeito estado de conservação conforme mostra o vídeo. E não adianta dizer que foram preservadas pelo poder de Deus, pois como arqueólogo posso afirmar que essa não parece ser a forma de Deus agir. Mesmo os importantes manuscritos do Mar Morto (achado importantíssimo para comprovar a veracidade textual da Bíblia Sagrada) foram encontrados em forma fragmentária e alguns completamente destruídos pela ação do tempo! Outra coisa que me chamou a atenção é que nalguns sites o suposto achado dos Chineses é misturado com fotos de uma estrutura de pedra em forma navicular localizada em Durupinar. Ora, na verdade o que temos ali é outro falso achado promulgado desta vez por Ron Wyatt um falecido anestesista do Tennessee que também vivia “descobrindo” relíquias bíblicas – todas falsas.

Como se pode ver, alguns jornalistas nem se deram ao trabalho de verificar que estavam divulgando dois diferentes “achados” como se fossem a mesma “descoberta” – uma de Wyatt, outra dos chineses. Aliás, essa estrutura de pedra de Durupinar que Wyatt disse ter sido confirmada por muitos como sendo a arca de Noé era na verdade uma formação rochosa comum que nem fóssil era. Vários geólogos turcos afirmaram isso! São por coisas assim que os que creem na Bíblia devem ter sua atenção redobrada no momento de usar certos argumentos na defesa da fé. Segundo Othon M. Garcia, “ainda que cometamos um número infinito de erros, só há, na verdade, do ponto de vista lógico, duas maneiras de errar: raciocinando mal com dados corretos ou raciocinando bem com dados falsos. (Haverá certamente uma terceira maneira de errar: raciocinando mal com dados falsos). O erro pode, portanto, resultar de um vício de forma – raciocinar mal com dados corretos – ou de matéria – raciocinar bem com dados falsos.” (Comunicação em prosa moderna. p. 307). De qualquer forma, o cristão deve evitar esse tipo de argumento. Paul Joseph Goebbels, ministro das Comunicações de Adolf Hitler, dizia que “Uma mentira mil vezes repetida se torna uma verdade autenticada”. Para mim, uma mentira mil vezes repetida continua sendo uma mentira e não devemos nunca ter parte nela!

Por: Rodrigo Silva, escritor, professor, doutor em Teologia, doutor em arqueologia bíblica, doutorando em arqueologia clássica e apresentador do programa Evidências.

(Evidências)

Nota: Desde de que ouvia quando criança a história da arca de Noé, ficava fascinado, isso não mudou em minha fase adulta. Creio que a Arca existe e está sendo conservada para o mesmo fim que muitos outros achados arqueológicos tiveram, silenciar a boca dos críticos no auge de suas críticas. Muito da arqueologia bíblica surgiu no tempo em que o peso das críticas era marcante na comunidade acadêmica, mas Deus não deixou os sinceros sem resposta, assim foi quando se descobriu a autenticidade de Sargão II, do povo Hitita como uma nação poderosa, da veracidade de Davi... assuntos como esse eram totalmente desacreditados da forma como a Bíblia ensina, mas hoje estão provados. Tenho certeza que a arca está guardada por Deus para o momento certo, mas Deus não precisa do auxílio de falsas descobertas.

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26 de set. de 2013

A mais nova ilha do planeta


Um enorme terremoto de magnitude 7,7 atingiu o centro-sul do Paquistão nesta terça-feira (24) à tarde, hora local.
O porta-voz da Autoridade Nacional de Gestão de Desastres (NDMA) local, Kamran Zia, afirmou que as forças de segurança paquistanesas já contabilizaram 65 mortos em decorrência do terremoto, embora oficialmente o número de vítimas fatais ainda esteja em 33. As estatísticas são da tarde desta terça, horário do Brasil.
Os sismólogos também confirmaram que o terremoto acabou criando uma nova ilha, com cerca de 10 a 12 metros de altura, ao largo da costa paquistanesa. O abalo aconteceu a 69 quilômetros da cidade de Awaran, província do Baluchistão, em uma área relativamente próxima ao litoral do país.
A ilha recém-formada se localiza a cerca de 800 metros da costa de Gwadar, no Mar da Arábia. Já há informações (do jornal International Herald Tribune, pertencente ao The New York Times) de que uma verdadeira multidão está reunida no local para observar a mais nova ilha rochosa do mundo. Algumas fontes alegam que ela possui 30 metros de comprimento.
Não é incomum que terremotos desta magnitude mudem a paisagem da região, ou mesmo deformem a forma do planeta. Em 2010, um abalo sísmico de magnitude 8,8 no Chile criou novas linhas costeiras no país e mudou a forma da Terra o suficiente para encurtar nossos dias em uma fração de segundo.
As estimativas quanto aos prejuízos econômicos do terremoto ainda estão sendo feitas. Pode demorar dias até que saibamos exatamente a real extensão dos danos, uma vez que o abalo se deu em regiões remotas – e, felizmente, pouco povoadas – do país.
A cidade mais próxima do epicentro é Arawan – onde, segundo relatos conhecidos até agora, o prejuízo foi grande: informações dão conta de que diversas casas não resistiram ao tremor e caíram com pessoas dentro. Até agora, o número de mortes gira em torno de 60, mas esse número deverá aumentar à medida que os serviços de emergência chegam às áreas mais afetadas.
Por mais que a concentração populacional próxima ao epicentro seja pequena, o problema, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), é que as pessoas que moram lá estão em situação extremamente vulnerável. A maioria das casas é feita de materiais como alvenaria, que cede facilmente a terremotos.
De acordo com a rede de notícias BBC, de Londres, muitas das vítimas eram de Labach, na periferia norte da cidade Awaran. Há relatos de algumas pessoas presas sob os escombros de casas destruídas.
Abdul Qadoos, vice-presidente da Assembléia do Baluchistão, disse à agência de notícias Reuters que pelo menos 30% das casas do distrito de Awaran desmoronaram. A cidade mais populosa do Paquistão, Karachi, de mais de 13 milhões de habitantes, também pode ter sido afetada pelo terremoto. Há relatos de que o tremor foi sentido até mesmo nos países vizinhos, como na capital indiana de Nova Déli.
O USGS divulgou um resumo científico da natureza do terremoto, em que o serviço explica que o terremoto ocorreu como resultado do movimento inclinado de deslizamento da crosta em profundidade rasa. “O local e o mecanismo do terremoto estão de acordo com a ruptura que existe dentro da placa da Eurásia, acima da zona de subducção Makran”, consta a nota.
Ainda de acordo com o UDGS, o evento ocorreu dentro da zona de transição entre a região da zona de subducção (uma área de convergência de placas tectônicas, onde uma das placas desliza para debaixo da outra) da placa da Arábia, sob a placa da Eurásia, e a zona de colisão da placa da Índia, com a placa da Eurásia.
Nota: O Gradualismo segundo a visão evolucionista é uma forma de interpretar as alterações da Terra tendo em mente que a mesma regra de hoje é também a mesma regra do passado para as mudanças, elas teriam ocorrido lentamente e de forma constante, o catastrofismo por outro lado acredita que grandes eventos podem ter alterado com maior velocidade o planeta, muitos geólogos tem se aproximado bastante do modelo catastrofista, levando em conta eventos como o citado acima, e seus efeitos, imagine o que catástrofes como impactos de meteoros podem ter feito a crosta da Terra, as mudanças podem ter ocorrido com maior intensidade do que a proposta pelos gradualistas, e as consequências desses eventos podem ter literalmente marcado o planeta, como a separação dos continentes, as cordilheiras de hoje podem também ter surgido desses eventos, e é claro, o próprio dilúvio Bíblico.
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Minas do Rei Salomão

Escavações em minas de cobre no extremo sul de Israel podem ter revelado novas evidências do reinado da figura bíblica do Rei Salomão, que teria governado a região durante 40 anos. Durante a Idade do Ferro, os seres humanos começaram a explorar os depósitos de cobre escondidos no Vale de Timna, no atual Estado de Israel, como fica evidente ao se observar as milhares de antigas minas e dezenas de locais de fundição existentes no distrito. Agora, o debate dos arqueólogos se concentra em quem controlava essas minas, e quando. Após ter explorado a região na década de 1930, o arqueólogo [norte-americano] Nelson Glueck anunciou ter encontrado as reais “minas do Rei Salomão”, no reino bíblico de Edom. As Minas do Rei Salomão é um romance de aventura popular, publicado pelo autor vitoriano inglês Henry Rider Haggard e traduzido para o português por Eça de Queiroz. O livro narra uma jornada ao interior da África, feita por um grupo de aventureiros em busca de uma lendária riqueza que supostamente estaria escondida nas minas que dão nome ao romance. A importância da obra se dá principalmente por ser considerada a precursora do gênero literário “mundo perdido”.

As pesquisas do decorrer do século 20 – e essencialmente após a descoberta de um templo egípcio no centro do vale, em 1969 – lançaram dúvidas sobre as afirmações de Glueck. Alguns arqueólogos sustentam, desde então, uma interpretação que sugere que os antigos egípcios teriam de fato construído as minas, antes mesmo da suposta existência do reinado de Salomão, ainda no século 13 a.C.

No entanto, as escavações recentes no Vale de Timna revelaram artefatos datados do século 10 a.C., época em que a Bíblia diz que o rei Salomão governava. Os especialistas, porém, argumentam que as minas provavelmente eram operadas pelos edomitas, uma tribo seminômade que constantemente entrava em conflito com Israel.

“As minas são, definitivamente, do período do rei Salomão”, garante o arqueólogo Erez Ben-Yosef, da Universidade de Tel Aviv. “Esses locais podem nos ajudar a compreender a sociedade local, que, se não fossem as minas, teria passado despercebida por nós.”

Ano passado, Ben-Yosef e uma equipe de pesquisadores investigaram uma área conhecida como Colina dos Escravos, um local de fundição previamente intocado, que mantém rastros de centenas de fornos e camadas de cobre, o material restante da extração do metal.

O lugar não apresentava ruínas arquitetônicas significativas, mas os arqueólogos conseguiram encontrar resquícios efêmeros de uma vida antiga: pedaços de roupas, cordas, tecidos e objetos de cerâmica, além de tâmaras, uvas e pistache. Onze amostras do material encontradas na Colina dos Escravos foram submetidas a testes na Universidade de Oxford, na Inglaterra. De acordo com os pesquisadores, os resultados mostraram que os itens antigos datam justamente da época do reinado de Salomão.

“No Vale de Timna, nós certamente descobrimos uma sociedade com alto grau de desenvolvimento, organização e poder”, resume Ben-Yosef.

Apesar do debate sobre quão confiável é a Bíblia como fonte histórica para arqueólogos, Ben-Yosef acrescenta que é muito possível que os reis Davi e Salomão tenham, de fato, existido. Consequentemente, segundo ele, é possível que uma dessas figuras bíblicas tenha exercido algum controle sobre as minas do Vale de Timna.


Nota: Aos poucos evidências apontam para existência de personagens bíblicos alvos de críticos, a arqueologia tem dado fundamento para a veracidade da Bíblia, conforme disse Archibald Sayce: “Para os embaraço de muitos, a pá dos arqueólogos tem o mau hábito de estar do lado da tradição e nunca da crítica.”.
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