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13 de ago. de 2009

Universitários sentem-se despreparados para debater criacionismo

(Unasp)

autor: Wal Barbosa e Jeferson Paredello

Na tarde de sábado, 25 de julho, o jornalista Michelson Borges foi convidado para palestrar no Centro universitário Adventista de São Paulo, campus Engenheiro Coelho, sobre o contraste existente entre criacionismo e evolucionismo. A apresentação foi direcionada a acadêmicos e membros da comunidade local. Borges apresentou vários argumentos que, segundo ele, evidenciam a inconsistência do evolucionismo. Para comprovar seus argumentos, aproveitou para mostrar várias contradições apresentadas pela mídia com respeito às últimas descobertas paleontológicas, ciência que estuda a vida do passado da Terra e o seu desenvolvimento a longo tempo geológico. Apesar de não ter formação na área de ciências biológicas, Borges tem se dedicado a apresentar o paralelo entre o criacionismo e o evolucionismo desde 1994. Formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o jornalista relata que a motivação que teve para divulgar o criacionismo veio do geólogo Nahor Neves de Souza Jr., que, assim como ele, dedica parte de seu tempo para divulgar o resultado de suas pesquisas. “Para mim, ele é um mentor”, declara o palestrante. Como divulgador da teoria criacionista, Borges tem sido um dos destaques nesse meio, dentro do País.

No fim do mês de junho deste ano, o criacionista foi procurado pela jornalista Tatiana Sabadini, do Correio Braziliense, um jornal do Distrito Federal, a fim de obter dele uma entrevista sobre a controvérsia entre o criacionismo e o evolucionismo. Para a produção da reportagem, ela questionou por que é tão difícil para a sociedade científica aceitar as ideias criacionistas. Como reposta a essa pergunta, Michelson salientou: “Justamente porque muitos consideram o criacionismo como um modelo apenas religioso, sem levar em conta seu aspecto científico.” Ele explica que grande parte da rejeição aos criacionistas tem origem no preconceito. Na ocasião, aproveitou para ressaltar que “embora os criacionistas reconheçam a Bíblia Sagrada como fonte de princípios morais e de respostas satisfatórias para as perguntas fundamentais da humanidade, eles também fazem boa ciência e se pautam pelo método científico”. Como exemplo, citou alguns nomes de importantes cientistas criacionistas que têm artigos publicados nos mais prestigiados periódicos científicos, como Leonard Brand, Harold Coffin e Marcos Eberlin. Na palestra apresentada no Unasp, Borges, que atualmente exerce a função de editor da Casa Publicadora Brasileira (CPB), mostrou-se preocupado quanto ao preparo científico dos criacionistas. Segundo o comentário feito em seu blog (www.criacionismo.com.br), a imprensa está cada vez mais procurando pessoas que falem sobre o assunto, contudo, ele adverte que para isso é preciso capacitação teológica e científica para discutir o tema.

Após a palestra, uma pesquisa feita com 50 universitários demonstrou que 86% deles não se sentem aptos para debater cientificamente o criacionismo. “No momento, não me sinto preparada para discutir e provar através de evidências o criacionismo”, lamentou a estudante do segundo ano de Publicidade e Propaganda, Lorena Montelo. De acordo com Borges, isso se dá pela má fundamentação científica recebida durante o processo educativo de um estudante. Outro motivo por ele apresentado é a falta de interesse pelas publicações criacionistas existentes.
Ao término da apresentação, várias indagações e comentários foram feitos. Aos jovens que ali estavam, o que parece ter chamado mais a atenção foi a sugestão feita por uma senhora que assistia à palestra. Na ocasião, ela sugeriu que a juventude fosse motivada a estudar em cursos que os capacitem a defender cientificamente o criacionismo, como biologia, por exemplo. O palestrante apreciou a participação e aproveitou o gancho para motivar adultos e jovens a despenderem mais tempo em estudar materiais científicos a fim de se preparar para defender suas convicções. Depois de acompanhar o programa, a estudante do terceiro ano de enfermagem, Lidiane de Souza, que na ocasião visitava o campus, reconhece que o preparo para discutir esse tema é necessário. “Realmente é importante estudar a visão teísta e a ateísta; assim podemos ter mais base para defender aquilo em que acreditamos”, declara.

Baseados na Bíblia, jovens que defendem o criacionismo alegam ter nesse livro a base para acreditar em Deus. Contudo, durante a palestra, Borges instruiu que se estude, também, outros livros de caráter científico. “Concordo que a juventude deve estudar os dois lados [criacionismo e evolucionismo], no entanto, recomendo que primeiro estudem a fundo o teísmo/criacionismo, pois assim saberão que o criacionismo também pode provar muitas coisas”, reforça.

NOTA: "antes santificai em vossos corações a Cristo como Senhor; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em vós" (I Pedro 3: 15)

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