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26 de set. de 2013

A mais nova ilha do planeta


Um enorme terremoto de magnitude 7,7 atingiu o centro-sul do Paquistão nesta terça-feira (24) à tarde, hora local.
O porta-voz da Autoridade Nacional de Gestão de Desastres (NDMA) local, Kamran Zia, afirmou que as forças de segurança paquistanesas já contabilizaram 65 mortos em decorrência do terremoto, embora oficialmente o número de vítimas fatais ainda esteja em 33. As estatísticas são da tarde desta terça, horário do Brasil.
Os sismólogos também confirmaram que o terremoto acabou criando uma nova ilha, com cerca de 10 a 12 metros de altura, ao largo da costa paquistanesa. O abalo aconteceu a 69 quilômetros da cidade de Awaran, província do Baluchistão, em uma área relativamente próxima ao litoral do país.
A ilha recém-formada se localiza a cerca de 800 metros da costa de Gwadar, no Mar da Arábia. Já há informações (do jornal International Herald Tribune, pertencente ao The New York Times) de que uma verdadeira multidão está reunida no local para observar a mais nova ilha rochosa do mundo. Algumas fontes alegam que ela possui 30 metros de comprimento.
Não é incomum que terremotos desta magnitude mudem a paisagem da região, ou mesmo deformem a forma do planeta. Em 2010, um abalo sísmico de magnitude 8,8 no Chile criou novas linhas costeiras no país e mudou a forma da Terra o suficiente para encurtar nossos dias em uma fração de segundo.
As estimativas quanto aos prejuízos econômicos do terremoto ainda estão sendo feitas. Pode demorar dias até que saibamos exatamente a real extensão dos danos, uma vez que o abalo se deu em regiões remotas – e, felizmente, pouco povoadas – do país.
A cidade mais próxima do epicentro é Arawan – onde, segundo relatos conhecidos até agora, o prejuízo foi grande: informações dão conta de que diversas casas não resistiram ao tremor e caíram com pessoas dentro. Até agora, o número de mortes gira em torno de 60, mas esse número deverá aumentar à medida que os serviços de emergência chegam às áreas mais afetadas.
Por mais que a concentração populacional próxima ao epicentro seja pequena, o problema, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), é que as pessoas que moram lá estão em situação extremamente vulnerável. A maioria das casas é feita de materiais como alvenaria, que cede facilmente a terremotos.
De acordo com a rede de notícias BBC, de Londres, muitas das vítimas eram de Labach, na periferia norte da cidade Awaran. Há relatos de algumas pessoas presas sob os escombros de casas destruídas.
Abdul Qadoos, vice-presidente da Assembléia do Baluchistão, disse à agência de notícias Reuters que pelo menos 30% das casas do distrito de Awaran desmoronaram. A cidade mais populosa do Paquistão, Karachi, de mais de 13 milhões de habitantes, também pode ter sido afetada pelo terremoto. Há relatos de que o tremor foi sentido até mesmo nos países vizinhos, como na capital indiana de Nova Déli.
O USGS divulgou um resumo científico da natureza do terremoto, em que o serviço explica que o terremoto ocorreu como resultado do movimento inclinado de deslizamento da crosta em profundidade rasa. “O local e o mecanismo do terremoto estão de acordo com a ruptura que existe dentro da placa da Eurásia, acima da zona de subducção Makran”, consta a nota.
Ainda de acordo com o UDGS, o evento ocorreu dentro da zona de transição entre a região da zona de subducção (uma área de convergência de placas tectônicas, onde uma das placas desliza para debaixo da outra) da placa da Arábia, sob a placa da Eurásia, e a zona de colisão da placa da Índia, com a placa da Eurásia.
Nota: O Gradualismo segundo a visão evolucionista é uma forma de interpretar as alterações da Terra tendo em mente que a mesma regra de hoje é também a mesma regra do passado para as mudanças, elas teriam ocorrido lentamente e de forma constante, o catastrofismo por outro lado acredita que grandes eventos podem ter alterado com maior velocidade o planeta, muitos geólogos tem se aproximado bastante do modelo catastrofista, levando em conta eventos como o citado acima, e seus efeitos, imagine o que catástrofes como impactos de meteoros podem ter feito a crosta da Terra, as mudanças podem ter ocorrido com maior intensidade do que a proposta pelos gradualistas, e as consequências desses eventos podem ter literalmente marcado o planeta, como a separação dos continentes, as cordilheiras de hoje podem também ter surgido desses eventos, e é claro, o próprio dilúvio Bíblico.
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Minas do Rei Salomão

Escavações em minas de cobre no extremo sul de Israel podem ter revelado novas evidências do reinado da figura bíblica do Rei Salomão, que teria governado a região durante 40 anos. Durante a Idade do Ferro, os seres humanos começaram a explorar os depósitos de cobre escondidos no Vale de Timna, no atual Estado de Israel, como fica evidente ao se observar as milhares de antigas minas e dezenas de locais de fundição existentes no distrito. Agora, o debate dos arqueólogos se concentra em quem controlava essas minas, e quando. Após ter explorado a região na década de 1930, o arqueólogo [norte-americano] Nelson Glueck anunciou ter encontrado as reais “minas do Rei Salomão”, no reino bíblico de Edom. As Minas do Rei Salomão é um romance de aventura popular, publicado pelo autor vitoriano inglês Henry Rider Haggard e traduzido para o português por Eça de Queiroz. O livro narra uma jornada ao interior da África, feita por um grupo de aventureiros em busca de uma lendária riqueza que supostamente estaria escondida nas minas que dão nome ao romance. A importância da obra se dá principalmente por ser considerada a precursora do gênero literário “mundo perdido”.

As pesquisas do decorrer do século 20 – e essencialmente após a descoberta de um templo egípcio no centro do vale, em 1969 – lançaram dúvidas sobre as afirmações de Glueck. Alguns arqueólogos sustentam, desde então, uma interpretação que sugere que os antigos egípcios teriam de fato construído as minas, antes mesmo da suposta existência do reinado de Salomão, ainda no século 13 a.C.

No entanto, as escavações recentes no Vale de Timna revelaram artefatos datados do século 10 a.C., época em que a Bíblia diz que o rei Salomão governava. Os especialistas, porém, argumentam que as minas provavelmente eram operadas pelos edomitas, uma tribo seminômade que constantemente entrava em conflito com Israel.

“As minas são, definitivamente, do período do rei Salomão”, garante o arqueólogo Erez Ben-Yosef, da Universidade de Tel Aviv. “Esses locais podem nos ajudar a compreender a sociedade local, que, se não fossem as minas, teria passado despercebida por nós.”

Ano passado, Ben-Yosef e uma equipe de pesquisadores investigaram uma área conhecida como Colina dos Escravos, um local de fundição previamente intocado, que mantém rastros de centenas de fornos e camadas de cobre, o material restante da extração do metal.

O lugar não apresentava ruínas arquitetônicas significativas, mas os arqueólogos conseguiram encontrar resquícios efêmeros de uma vida antiga: pedaços de roupas, cordas, tecidos e objetos de cerâmica, além de tâmaras, uvas e pistache. Onze amostras do material encontradas na Colina dos Escravos foram submetidas a testes na Universidade de Oxford, na Inglaterra. De acordo com os pesquisadores, os resultados mostraram que os itens antigos datam justamente da época do reinado de Salomão.

“No Vale de Timna, nós certamente descobrimos uma sociedade com alto grau de desenvolvimento, organização e poder”, resume Ben-Yosef.

Apesar do debate sobre quão confiável é a Bíblia como fonte histórica para arqueólogos, Ben-Yosef acrescenta que é muito possível que os reis Davi e Salomão tenham, de fato, existido. Consequentemente, segundo ele, é possível que uma dessas figuras bíblicas tenha exercido algum controle sobre as minas do Vale de Timna.


Nota: Aos poucos evidências apontam para existência de personagens bíblicos alvos de críticos, a arqueologia tem dado fundamento para a veracidade da Bíblia, conforme disse Archibald Sayce: “Para os embaraço de muitos, a pá dos arqueólogos tem o mau hábito de estar do lado da tradição e nunca da crítica.”.
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