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2 de out. de 2013

"Descobertas" das Arca de Noé e o desserviço a Bíblia

Não sou de maneira nenhuma partidário de Hitler ou das ideias que ele defendeu. Mas considerando a rara sinceridade com que ele admitiu algumas intenções de seu projeto e a advertência que nos vem disso, gostaria de começar esse texto citando um de seus pensamentos ou diria confissões. Ele disse: “É mais fácil envolver o povo numa grande mentira, do que numa pequena. Quanto maior a mentira, mais pessoas acreditarão nela… Torne a mentira grande, simplifique-a, continue afirmando-a, e eventualmente todos acreditarão nela.” (MeinKampf, 185).

O mesmo espírito que inspirou Hitler a usar esse método de propagar inverdades parece estar por detrás de muitos boatos e enganos que surgem, especialmente, nas mídias sociais. E o Inimigo de Deus não teria estratégia melhor, senão criar boatos aparentemente favoráveis à Bíblia, apenas para depois desmentir tudo como puro embuste e, na esteira das denúncias, lançar descrédito à Palavra de Deus.

Veja que é coisa muito séria tentar defender a Bíblia com fatos falsos. A própria idoneidade da Palavra de Deus é posta em questionamento. Disse Jesus: “Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna.” Mateus 5:37. É claro que há argumentos que usamos que são hipóteses, mas ainda assim, elas têm de ser plausíveis e nunca mentirosas. Mais doído do que ouvir um oponente defender mal a idéia que combatemos é ouvir um aliado defender mal a ideia com a qual simpatizamos. O curioso é que mesmo com advertências óbvias como estas, vira-e-mexe testemunhamos o aparecimento de matérias sensacionalistas dizendo num momento que encontraram as rodas dos carros de Faraó debaixo do Mar Vermelho, noutro que localizaram os restos de Sodoma e Gomorra debaixo do Mar Morto.

E o campeão destes boatos sem fundamento é o suposto achado da arca de Noé. Há tantos que os autores de língua inglesa chegaram a criar um trocadilho para esses exploradores da arca perdida. Eles ironicamente os chamam de arcaeólogos, ao invés de arqueólogos! Ao todo já relacionei ao relatório mais de 40 supostos achados da arca de Noé e além de serem todos falsos ou inconclusos, eles têm mais dois pontos em comum: primeiro que foram todos encontrados por leigos sem nenhuma formação ou treinamento de arqueologia e segundo, que a maioria deles convenceram muitas pessoas apesar de apresentarem provas questionáveis e relatos contraditórios.

Só sei que se um desses relatos estiver verdadeiro, todos os demais têm de ser falsos, por mais bem defendidos que tenham sido. A menos, é claro, que existam várias arcas de Noé ou que a mesma esteja ainda surfando até hoje sob as geleiras do Ararate porque seus vestígios ora aparecem num canto, ora aparecem noutro. E todos afirmando sem medo de errar que acharam a verdadeira arca de Noé! Um desses últimos achados se deu há cerca de 5 anos, mas especulações acerca do mesmo continuam bem firmes na Internet. Afirma-se que um grupo de chineses e turcos teria encontrado o barco milenar e até feito filmagens dentro dele. Será verdade? Eu mesmo ficaria muito feliz se fosse, mas por honestidade acadêmica e cristã, sou obrigado a dizer que se trata de mais um engano. Mais um desserviço à propagação da Palavra de Deus.

Tive a oportunidade de trocar e-mails e conversar pessoalmente com o Dr. Randall Price, arqueólogo americano que num primeiro momento teve seu nome associado ao grupo. Ele não somente negou que aquilo fosse verdade, mas ainda se disse desapontado com a falta de sinceridade do grupo. O Dr. Price, para que todos saibam, chegou a fazer parte da primeira expedição dos Chineses quando esses lhe mostraram as fotos do achado em 2008. Ele conseguiu um recurso de cem mil dólares para o projeto, mas em pouco tempo percebeu que as evidências apresentadas não passavam de uma fraude. Em 2009 Dr. Price e outros especialistas identificaram a caverna e os troncos que os chineses usaram para produzir o seu “filme”. Na verdade eles nunca estiveram dentro da arca de Noé!

Aliás, mesmo sem essa informação, o que eles apresentaram já era por si só digno de ceticismo. Veja o dilúvio ocorreu há pouco mais de 4 mil anos, logo, essas madeiras jamais estariam em perfeito estado de conservação conforme mostra o vídeo. E não adianta dizer que foram preservadas pelo poder de Deus, pois como arqueólogo posso afirmar que essa não parece ser a forma de Deus agir. Mesmo os importantes manuscritos do Mar Morto (achado importantíssimo para comprovar a veracidade textual da Bíblia Sagrada) foram encontrados em forma fragmentária e alguns completamente destruídos pela ação do tempo! Outra coisa que me chamou a atenção é que nalguns sites o suposto achado dos Chineses é misturado com fotos de uma estrutura de pedra em forma navicular localizada em Durupinar. Ora, na verdade o que temos ali é outro falso achado promulgado desta vez por Ron Wyatt um falecido anestesista do Tennessee que também vivia “descobrindo” relíquias bíblicas – todas falsas.

Como se pode ver, alguns jornalistas nem se deram ao trabalho de verificar que estavam divulgando dois diferentes “achados” como se fossem a mesma “descoberta” – uma de Wyatt, outra dos chineses. Aliás, essa estrutura de pedra de Durupinar que Wyatt disse ter sido confirmada por muitos como sendo a arca de Noé era na verdade uma formação rochosa comum que nem fóssil era. Vários geólogos turcos afirmaram isso! São por coisas assim que os que creem na Bíblia devem ter sua atenção redobrada no momento de usar certos argumentos na defesa da fé. Segundo Othon M. Garcia, “ainda que cometamos um número infinito de erros, só há, na verdade, do ponto de vista lógico, duas maneiras de errar: raciocinando mal com dados corretos ou raciocinando bem com dados falsos. (Haverá certamente uma terceira maneira de errar: raciocinando mal com dados falsos). O erro pode, portanto, resultar de um vício de forma – raciocinar mal com dados corretos – ou de matéria – raciocinar bem com dados falsos.” (Comunicação em prosa moderna. p. 307). De qualquer forma, o cristão deve evitar esse tipo de argumento. Paul Joseph Goebbels, ministro das Comunicações de Adolf Hitler, dizia que “Uma mentira mil vezes repetida se torna uma verdade autenticada”. Para mim, uma mentira mil vezes repetida continua sendo uma mentira e não devemos nunca ter parte nela!

Por: Rodrigo Silva, escritor, professor, doutor em Teologia, doutor em arqueologia bíblica, doutorando em arqueologia clássica e apresentador do programa Evidências.

(Evidências)

Nota: Desde de que ouvia quando criança a história da arca de Noé, ficava fascinado, isso não mudou em minha fase adulta. Creio que a Arca existe e está sendo conservada para o mesmo fim que muitos outros achados arqueológicos tiveram, silenciar a boca dos críticos no auge de suas críticas. Muito da arqueologia bíblica surgiu no tempo em que o peso das críticas era marcante na comunidade acadêmica, mas Deus não deixou os sinceros sem resposta, assim foi quando se descobriu a autenticidade de Sargão II, do povo Hitita como uma nação poderosa, da veracidade de Davi... assuntos como esse eram totalmente desacreditados da forma como a Bíblia ensina, mas hoje estão provados. Tenho certeza que a arca está guardada por Deus para o momento certo, mas Deus não precisa do auxílio de falsas descobertas.

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26 de set. de 2013

A mais nova ilha do planeta


Um enorme terremoto de magnitude 7,7 atingiu o centro-sul do Paquistão nesta terça-feira (24) à tarde, hora local.
O porta-voz da Autoridade Nacional de Gestão de Desastres (NDMA) local, Kamran Zia, afirmou que as forças de segurança paquistanesas já contabilizaram 65 mortos em decorrência do terremoto, embora oficialmente o número de vítimas fatais ainda esteja em 33. As estatísticas são da tarde desta terça, horário do Brasil.
Os sismólogos também confirmaram que o terremoto acabou criando uma nova ilha, com cerca de 10 a 12 metros de altura, ao largo da costa paquistanesa. O abalo aconteceu a 69 quilômetros da cidade de Awaran, província do Baluchistão, em uma área relativamente próxima ao litoral do país.
A ilha recém-formada se localiza a cerca de 800 metros da costa de Gwadar, no Mar da Arábia. Já há informações (do jornal International Herald Tribune, pertencente ao The New York Times) de que uma verdadeira multidão está reunida no local para observar a mais nova ilha rochosa do mundo. Algumas fontes alegam que ela possui 30 metros de comprimento.
Não é incomum que terremotos desta magnitude mudem a paisagem da região, ou mesmo deformem a forma do planeta. Em 2010, um abalo sísmico de magnitude 8,8 no Chile criou novas linhas costeiras no país e mudou a forma da Terra o suficiente para encurtar nossos dias em uma fração de segundo.
As estimativas quanto aos prejuízos econômicos do terremoto ainda estão sendo feitas. Pode demorar dias até que saibamos exatamente a real extensão dos danos, uma vez que o abalo se deu em regiões remotas – e, felizmente, pouco povoadas – do país.
A cidade mais próxima do epicentro é Arawan – onde, segundo relatos conhecidos até agora, o prejuízo foi grande: informações dão conta de que diversas casas não resistiram ao tremor e caíram com pessoas dentro. Até agora, o número de mortes gira em torno de 60, mas esse número deverá aumentar à medida que os serviços de emergência chegam às áreas mais afetadas.
Por mais que a concentração populacional próxima ao epicentro seja pequena, o problema, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), é que as pessoas que moram lá estão em situação extremamente vulnerável. A maioria das casas é feita de materiais como alvenaria, que cede facilmente a terremotos.
De acordo com a rede de notícias BBC, de Londres, muitas das vítimas eram de Labach, na periferia norte da cidade Awaran. Há relatos de algumas pessoas presas sob os escombros de casas destruídas.
Abdul Qadoos, vice-presidente da Assembléia do Baluchistão, disse à agência de notícias Reuters que pelo menos 30% das casas do distrito de Awaran desmoronaram. A cidade mais populosa do Paquistão, Karachi, de mais de 13 milhões de habitantes, também pode ter sido afetada pelo terremoto. Há relatos de que o tremor foi sentido até mesmo nos países vizinhos, como na capital indiana de Nova Déli.
O USGS divulgou um resumo científico da natureza do terremoto, em que o serviço explica que o terremoto ocorreu como resultado do movimento inclinado de deslizamento da crosta em profundidade rasa. “O local e o mecanismo do terremoto estão de acordo com a ruptura que existe dentro da placa da Eurásia, acima da zona de subducção Makran”, consta a nota.
Ainda de acordo com o UDGS, o evento ocorreu dentro da zona de transição entre a região da zona de subducção (uma área de convergência de placas tectônicas, onde uma das placas desliza para debaixo da outra) da placa da Arábia, sob a placa da Eurásia, e a zona de colisão da placa da Índia, com a placa da Eurásia.
Nota: O Gradualismo segundo a visão evolucionista é uma forma de interpretar as alterações da Terra tendo em mente que a mesma regra de hoje é também a mesma regra do passado para as mudanças, elas teriam ocorrido lentamente e de forma constante, o catastrofismo por outro lado acredita que grandes eventos podem ter alterado com maior velocidade o planeta, muitos geólogos tem se aproximado bastante do modelo catastrofista, levando em conta eventos como o citado acima, e seus efeitos, imagine o que catástrofes como impactos de meteoros podem ter feito a crosta da Terra, as mudanças podem ter ocorrido com maior intensidade do que a proposta pelos gradualistas, e as consequências desses eventos podem ter literalmente marcado o planeta, como a separação dos continentes, as cordilheiras de hoje podem também ter surgido desses eventos, e é claro, o próprio dilúvio Bíblico.
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Minas do Rei Salomão

Escavações em minas de cobre no extremo sul de Israel podem ter revelado novas evidências do reinado da figura bíblica do Rei Salomão, que teria governado a região durante 40 anos. Durante a Idade do Ferro, os seres humanos começaram a explorar os depósitos de cobre escondidos no Vale de Timna, no atual Estado de Israel, como fica evidente ao se observar as milhares de antigas minas e dezenas de locais de fundição existentes no distrito. Agora, o debate dos arqueólogos se concentra em quem controlava essas minas, e quando. Após ter explorado a região na década de 1930, o arqueólogo [norte-americano] Nelson Glueck anunciou ter encontrado as reais “minas do Rei Salomão”, no reino bíblico de Edom. As Minas do Rei Salomão é um romance de aventura popular, publicado pelo autor vitoriano inglês Henry Rider Haggard e traduzido para o português por Eça de Queiroz. O livro narra uma jornada ao interior da África, feita por um grupo de aventureiros em busca de uma lendária riqueza que supostamente estaria escondida nas minas que dão nome ao romance. A importância da obra se dá principalmente por ser considerada a precursora do gênero literário “mundo perdido”.

As pesquisas do decorrer do século 20 – e essencialmente após a descoberta de um templo egípcio no centro do vale, em 1969 – lançaram dúvidas sobre as afirmações de Glueck. Alguns arqueólogos sustentam, desde então, uma interpretação que sugere que os antigos egípcios teriam de fato construído as minas, antes mesmo da suposta existência do reinado de Salomão, ainda no século 13 a.C.

No entanto, as escavações recentes no Vale de Timna revelaram artefatos datados do século 10 a.C., época em que a Bíblia diz que o rei Salomão governava. Os especialistas, porém, argumentam que as minas provavelmente eram operadas pelos edomitas, uma tribo seminômade que constantemente entrava em conflito com Israel.

“As minas são, definitivamente, do período do rei Salomão”, garante o arqueólogo Erez Ben-Yosef, da Universidade de Tel Aviv. “Esses locais podem nos ajudar a compreender a sociedade local, que, se não fossem as minas, teria passado despercebida por nós.”

Ano passado, Ben-Yosef e uma equipe de pesquisadores investigaram uma área conhecida como Colina dos Escravos, um local de fundição previamente intocado, que mantém rastros de centenas de fornos e camadas de cobre, o material restante da extração do metal.

O lugar não apresentava ruínas arquitetônicas significativas, mas os arqueólogos conseguiram encontrar resquícios efêmeros de uma vida antiga: pedaços de roupas, cordas, tecidos e objetos de cerâmica, além de tâmaras, uvas e pistache. Onze amostras do material encontradas na Colina dos Escravos foram submetidas a testes na Universidade de Oxford, na Inglaterra. De acordo com os pesquisadores, os resultados mostraram que os itens antigos datam justamente da época do reinado de Salomão.

“No Vale de Timna, nós certamente descobrimos uma sociedade com alto grau de desenvolvimento, organização e poder”, resume Ben-Yosef.

Apesar do debate sobre quão confiável é a Bíblia como fonte histórica para arqueólogos, Ben-Yosef acrescenta que é muito possível que os reis Davi e Salomão tenham, de fato, existido. Consequentemente, segundo ele, é possível que uma dessas figuras bíblicas tenha exercido algum controle sobre as minas do Vale de Timna.


Nota: Aos poucos evidências apontam para existência de personagens bíblicos alvos de críticos, a arqueologia tem dado fundamento para a veracidade da Bíblia, conforme disse Archibald Sayce: “Para os embaraço de muitos, a pá dos arqueólogos tem o mau hábito de estar do lado da tradição e nunca da crítica.”.
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17 de abr. de 2011

ARQUEOLOGIA E A BÍBLIA - DR. RODRIGO P. SILVA

Das muitas definições dadas à Bíblia, é provável que uma das mais interessantes tenha sido a de Gerald Wheeler que definiu a inspiração como “Deus falando com sotaque humano”. De fato, a Bíblia é a Palavra do Altíssimo entrando em nossa história e participando ativamente dela.

Logo, seria interessante lembrar que as Escrituras Sagradas não nasceram num vácuo histórico. Elas possuem um contexto cultural que as antecede e envolve. Suas épocas, seus costumes e sua língua podem parecer estranhos a nós que vivemos num tempo e geografia bem distantes daqueles fantásticos acontecimentos, mesmo assim são importantíssimos para um entendimento saudável da mensagem que elas contêm. Como poderíamos, então, voltar a esse passado escriturístico? Afinal, máquinas do tempo não existem e idéias fictícias seriam de pouco valor nesta jornada. A solução talvez esteja numa das mais brilhantes ciências dos últimos tempos: a Arqueologia do Antigo Oriente Médio.


Usada com prudência e exatidão, a Arqueologia poderá ser uma grande ferramenta de estudo não apenas para contextualizar corretamente determinadas passagens da Bíblia, mas também para confirmar a historicidade do seu relato. É claro que não poderemos com a pá do arqueólogo provar doutrinas como a divindade de Cristo ou o Juízo final de Deus sobre os homens. Esses são elementos que demandam fé da parte do leitor. Contudo, é possível – através dos achados – verificar se as histórias da Bíblia realmente aconteceram ou se tudo não passou de uma lenda. Aí, fica óbvio o axioma filosófico: se a história bíblica é real, a teologia que se assenta sobre essa história também o será. Talvez seja por isso que ao invés de inspirar a produção de um manual de Teologia, Deus soprou aos profetas a idéia de escreverem um livro de histórias que confirmassem a ação divina em meio aos acontecimentos da humanidade.


COMO TUDO COMEÇOU



Dizer exatamente quando começou a arqueologia bíblica não é tarefa fácil. Na verdade, desde os primeiros séculos da era cristã já havia pessoas que se aventuravam na arte de tirar da terra tesouros relacionados à história da Bíblia Sagrada. Helena, a mãe de Constantino, foi uma dessas “pioneiras” que numa peregrinação à Terra Santa demarcou com igrejas vários locais sagrados onde supunham ter ocorrido algum evento especial. Muitos destes locais servem até hoje de ponto turístico no Oriente Médio.


As técnicas porém desses primeiros empreendimentos eram bastante duvidosas e o fervor piedoso levava as pessoas a verem coisas que na verdade nem existiam. Aparições de santos, sonhos e impressões eram o suficiente para demarcar um local como sendo o exato lugar da crucifixão ou do nascimento de Cristo.


Mas a partir do final do século XIII, a arqueologia das Terras Bíblicas começou finalmente a ter ares de maior rigor científico. A descoberta acidental da Pedra de Roseta, ocorrida em 1798, levou vários especialistas a se interessarem pela história do Egito, da Mesopotâmia e da Palestina, descobrindo um passado que há muito se tinha por perdido. Babilônia, Nínive, Ur e Jericó foram apenas algumas das muitas localidades que começaram a ser escavadas revelando importantes aspectos da narrativa bíblica. Para os críticos que na ocasião levantavam argumentos racionalistas contra a Palavra de Deus, os novos achados representavam um grande problema, pois desmentiam seus arrazoados confirmando vários elementos do Antigo e do Novo Testamento. Um exemplo pode ser visto no próprio ceticismo com que encaravam a existência de uma cidade chamada Babilônia. Muitos pensavam que tal reino jamais existira. Era apenas o fruto mitológico da mente de antigos escritores como Heródoto e os profetas canônicos. Até que, finalmente, suas ruínas foram desenterradas em 1899 pelo explorador alemão Robert Koldewey, que demorou pelo menos 14 anos para escavar as suas estruturas. Mais tarde veio a descoberta de várias inscrições cuneiformes que revelaram o nome de pelo menos dois personagens mencionados no livro de Daniel, cuja historicidade também tinha sido questionada pelos céticos. O primeiro foi Nabucodonosor, o rei do sonho esquecido e o segundo, Belsazar que viu sua sentença de morte escrita com letras de fogo nas paredes de seu palácio.


CONTRIBUIÇÕES ADICIONAIS



Além de ajudar tremendamente na confirmação de episódios descritos na Bíblia, a arqueologia presta um grande serviço ao estudo elucidativo de determinadas passagens. Graças a ela, é possível reconhecer o porquê de alguns comportamentos estranhos à nossa cultura. É o caso de Raquel roubando deliberadamente os “ídolos do lar” que pertenciam a Labão, seu pai (Gn 31:34). Aparentemente o delito parecia ter um fim religioso, mas antigos códigos de lei sumerianos revelaram que naquela época a posse de pequenos ídolos do lar (comumente chamados de Terafim) era o certificado de propriedade que alguém precisava para firmar-se dono de uma terra. Caso os ídolos fossem parar nas mãos de outra pessoa, essa se tornava automaticamente a proprietária dos terrenos que eles demarcavam. Por serem pequenos, poderiam facilmente ser roubados e cabia ao dono o cuidado de guardá-los para não ser lesado. Foi portanto num descuido de Labão que Raquel roubou seus ídolos (ou seja suas escrituras) com o fim de entregá-los posteriormente a Jacó, e fazer dele o novo senhor daquelas terras. Tratava-se, portanto, de uma tentativa de indenização do esposo pelo engano que o levou a sete anos extras de trabalho nas terras de seu pai. Várias palavras e expressões antigas também tiveram seu significado esclarecido pelo trabalho da arqueologia. O nome de Moisés, que certamente não era de origem hebraica pode ter sua explicação na raiz do verbo egípcio ms-n que significa “nascer ou nascido de”. Não é por menos que muitos faraós e nobres da corte egípcia tinham o seu apelido formado pela junção desse verbo e do nome de uma divindade. Por exemplo: Ahmose (“nascido de Ah, o deus da lua”); Ramose (“nascido de Rá, o deus sol”), Thutmose (“nascido de Thot, outra forma do deus da lua”). É possível que Moisés (ou em Egípcio Mose) também tivesse originalmente o nome de um deus local acoplado ao seu próprio nome. Talvez fosse Hapimose (o deus do Nilo) uma vez que, de acordo com Êxodo 2:10, a rainha escolheu chamá-lo assim, porque das águas do Nilo o havia tirado. Uma embaraçosa situação entre Jesus e um discípulo também pode ser esclarecida pela arqueologia. Trata-se do episódio descrito em Lucas 9:59, onde o Senhor aparentemente nega a um jovem que queria seguir-lhe o direito de sepultar o seu próprio pai. Olhando pela cultura moderna ocidental, dá-se a impressão que o pai do moço estava morto em um velório e que ele estaria pedindo apenas algumas “horas” a Cristo para que pudesse seguir o féretro e, logo em seguida, partir com o Senhor. Um pedido, a princípio, bastante justo para não ser atendido!


Mas as dificuldades se esvaem quando entendemos pelo resgate arqueológico que, naquela época (e também hoje, nalguns idiomas como o árabe e o siríaco), a expressão “sepultar o meu pai” seria um idiomatismo que nem de longe indicava que seu pai houvesse recentemente morrido! Tanto o é que o episódio se dá “caminho fora” (Lc. 9:57). Se o pai do jovem houvesse morrido o que estaria ele fazendo à beira da estrada? Na verdade, essa expressão idiomática significava que o pai estava sadio e feliz e que seu filho prometia sair de casa apenas depois que ele morresse. Ademais, segundo o costume oriental, quando o pai morria, o filho mais velho ficava encarregado do seu sepultamento, mas esse também não ocorria imediatamente após a sua morte. Primeiramente o corpo era banhado, perfumado e envolvido num lençol para ser depositado numa gruta tumular onde ficava deitado sobre uma cama de pedra por um ano ou mais até que a carne houvesse completamente sido decomposta restando apenas os ossos. Então, nesse dia, o filho retirava a ossada de seu pai, colocando-a delicadamente num pequeno caixão de pedra (conhecido como ossuário) e, somente aí, tinha-se finalmente completado o “sepultamento”, isto é, vários meses após a morte do indivíduo.


Com esse pano de fundo trazido dos estudos arqueológicos o diálogo de Jesus com aquele jovem passa a ter outra dimensão. Esclarece-se a questão e torna o texto mais compreensivo e agradável de se ler. È curioso como a Bíblia – evidentemente usando uma figura de linguagem – descreve a teimosia do rei do Egito com a idéia de que Deus endureceu (literalmente “petrificou”) o coração de Faraó. O estudo das línguas orientais mostra que Deus muitas vezes é colocado como autor daquilo que Ele na verdade apenas tolera. É um limite do idioma e nada mais. Nós também temos as mesmas limitações em nossa língua pátria: quando dizemos a alguém “vá com Deus” ou “que o Senhor te acompanhe” não estamos com isso negando a onipresença do Altíssimo como se Ele precisasse “ir” a um lugar onde já não estivesse. Também não estamos de maneira nenhuma nos matando quando dizemos: “Estou morto (isto é, cansado)!”


A idéia de um faraó de coração duro pode ser ainda mais esclarecida se atentarmos para o fato de que o estudo de várias múmias revelou o estranho costume egípcio de colocar dentro do corpo mumificado um escaravelho de pedra bem no lugar do coração. Esse amuleto servia ao defunto como uma espécie de salvo conduto no juízo final perante Osíris. Um coração normal (que era pesado na balança da deusa Ma’at) poderia denunciar os seus pecados fazendo-o perder um lugar no paraíso. Mas um coração de pedra, enganaria os deuses. Ocultaria os erros que ele cometeu garantindo-lhe o paraíso, mesmo que houvesse levado uma vida de constantes pecados. Ter, portanto, um coração duro (ou “de pedra”) era para Faraó a certeza de uma salvação forjada à custa do engano dos deuses! Daí a forma irônica e eufemística de dizer: “Deus endureceu o coração de faraó”.


ARQUEOLOGIA DO ANTIGO TESTAMENTO

Estes são alguns dos principais achados alusivos ao Antigo Testamento:


1 – Leis mesopotâmicas – uma coleção de várias leis datadas do terceiro e segundo milênios antes de Cristo que ilustram em muitos detalhes o período patriarcal. O conhecido código de Hamurabi (c. 1750 a.C.) é uma delas.

2 – Papiro de Ipwertrata-se da oração sacerdotal de um certo egípcio chamado Ipwer que reclama junto ao deus Horus as desgraças que assolavam o Egito. Entre elas ele menciona o Nilo se tornando em sangue, a escuridão cobrindo a terra, os animais morrendo no pasto e outros elementos que lembram muito de perto as pragas mencionadas no Êxodo.


3 – Estela de Merneptah – uma coluna comemorativa escrita por volta de 1207 a.C. que conta as conquistas militares do faraó Merneptah. É a mais antiga menção do nome “Israel” fora da Bíblia. Alguns céticos insistem em negar a história dos Juízes dizendo que Israel não existia como nação naqueles dias. Porém, a Estela de Merneptah desmente essa afirmação ao mencionar Israel entre os inimigos do Egito.


4 – Textos de Balaãofragmentos de escrita aramaica foram encontrados em Tell Deir Allá (provavelmente a cidade bíblica de Sucote). Juntos eles trazem um episódio na vida de “Balaão filho de Beor” – o mesmo Balaão de Números 22. Os textos ainda descreviam uma de suas visões, indicando que os cananitas mantiveram lembrança desse profeta.


5 – Estela de Tel Dãoutra placa comemorativa, desta vez da conquista militar da Síria sobre a região de Dã. Encontrada em meio aos escombros do sítio arqueológico, a inscrição trazia de modo bem legível a expressão “casa de Davi” que poderia ser uma referência ao templo ou à família real. Porém o mais importante é que mencionava pela primeira vez fora da Bíblia o nome de Davi, indicando que este fora um personagem real.


6 – Obelisco negro e prisma de TaylorEstes artefatos mostram duas derrotas militares de Israel. O primeiro traz o desenho do rei Jeú prostrado diante de Salmanazar III oferecendo tributo e o segundo descreve o cerco de Senaqueribe a Jerusalém, citando textualmente o confinamento do rei Ezequias.


7 – Inscrição de Siloé – encontrada acidentalmente por algumas crianças que nadavam no tanque de Siloé, essa antiga inscrição hebraica marca a comemoração do término do túnel construído pelo rei Hezequias, conforme o relato de II Crônicas 32:2-4.


ARQUEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO



Estes são alguns dos principais achados alusivos ao Novo Testamento:


1 – Ossuários de Caifás e (possivelmente) Tiago irmão de Jesus – Alguns ossuários costumavam trazer uma inscrição com o nome da pessoa que estaria ali. Sendo assim, dois ossuários chamaram a atenção dos arqueólogos. O primeiro foi encontrado em 1990 e legitimado como sendo do mesmo Caifás mencionado em Mateus 26 e João 18. Já o segundo, cuja autenticidade é disputada entre os especialistas, pertenceria a Tiago, um dos irmãos de Jesus conforme o texto de Mateus 13:55. Caso se demonstre verdadeiro, este ossuário será a mais antiga menção do nome de Jesus que temos notícia.

2 – O esqueleto do crucificado – Um outro ossuário encontrado em 1968 revelou a ossada de um certo Yehohanan (“João” em aramaico) que morrera crucificado. Seu calcanhar ainda trazia um pedaço torcido do prego romano. Esse foi o único exemplar de um crucificado de que temos notícia. Graças ao seu estudo foi possível levantar importantes detalhes sobre os modos de crucifixão usados no tempo de Cristo.

3 – Inscrição de Pilatos – Uma placa comemorativa encontrada em Cesaréia Marítima no ano de 1962 revelou o nome de Pilatos como prefeito da Judéia. Antes disso, sua existência histórica era questionada pelos céticos.

4 – Cafarnaum – A cidade onde Jesus morou foi escavada e preservada para visitação. Ali é possível se ver os restos de uma sinagoga e uma igreja bizantinas que foram respectivamente construídas sobre a sinagoga dos dias de Jesus e a casa de Pedro, o líder dos doze apóstolos.

QUMRAN E OS MANUSCRITOS DO MAR MORTO

Um isolado sítio arqueológico foi acidentalmente descoberto por um garoto beduíno em 1947, nas redondezas do Mar Morto junto ao deserto da Judéia. Ali podem ser vistas as ruínas de Khirbet Qumran onde, segundo a opinião de muitos, viveram os antigos essênios, uma facção religiosa judaica que rompera com o partido sacerdotal de Jerusalém. Mas o achado do garoto foi ainda mais surpreendente. Ele descobriu numa das grutas locais antigas cópias do Antigo Testamento e outros livros judaicos que estavam guardados por quase dois mil anos. Juntos esses manuscritos (advindos de pelo menos 11 cavernas) formavam uma enorme biblioteca de textos inteiros ou fragmentados que contextualizam o judaísmo dos dias de Cristo. E mais, ajudam a estabelecer a confiança na transmissão texto bíblico, uma vez que não possuímos nenhum dos originais que saíram das mãos dos profetas. Ocorre que, até ao achado dos manuscritos do Mar Morto, as cópias hebraicas mais antigas da Bíblia datavam do século 10 d.C., ou seja, mais de mil anos depois da produção do último livro vétero-testamentário. E que certeza teríamos, além da fé, de que não houve alterações substanciais no texto? Sendo assim, o achado de Qumran foi bastante providencial pois proveu-nos de cópias da Bíblia Hebraica que datavam de até 250 a.C.. Quando essas cópias foram comparadas ao texto hebraico massorético (aquele tardio sobre o qual baseavam-se as traduções modernas) demonstrou-se claramente que elas confirmavam a fidedignidade da versão que possuíamos. Se a Bíblia tivesse sido drasticamente alterada ao longo dos séculos, os Manuscritos do Mar Morto demonstrariam isso pois, afinal, foram produzidos antes mesmo do surgimento do cristianismo. O achado de Qumran, pois, constitui a maior descoberta bíblica de todos os tempos.

CONCLUSÃO

Certa vez ao entrar glorioso em Jerusalém, Jesus declarou em meio à multidão que ainda que os filhos se calassem, as próprias pedras clamariam (Lc 19:40). Por que não poderíamos ver na arqueologia um cumprimento destas palavras? De uma maneira silenciosa, porém bastante ativa, pedras, cacos de cerâmica, restos de fortalezas e antigos manuscritos clamam que a história é verdadeira, que Deus é tão real que quase dá para tocá-lo. A arqueologia é certamente um presente do céu aos crentes. Seu conhecimento é uma excelente ferramenta na compreensão, no estudo e na proclamação da Palavra de Deus! RODRIGO P. SILVA Teólogo, Filósofo, Mestre em Teologia Histórica, Doutor em Teologia Bíblia, Especialista em Arqueologia Bíblica pela Universidade Hebraica de Jerusalém, PhD em Arqueologia pela Andrews University (EUA), participou de escavações em Israel, Espanha, Sudão e Jordânia, apresentador do programa Evidências da TV Novo Tempo e professor do Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia, do UNASP, Engenheiro Coelho, membro da Society of Biblical Literature e curador-adjunto do Museu de Arqueologia Bíblica Paulo Bork, sediado no UNASP.


(Ciência da Criação)


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3 de jan. de 2011

TEMPERATURA DO CORPO APONTA PARA PROJETO

Você já se perguntou por que a temperatura considerada ideal para o nosso corpo é 36 graus Celsius? Cientistas acreditam terem descoberto a resposta.

Basicamente, é o equilíbrio perfeito: é quente o suficiente para prevenir infecções de fungos mas não tão quente para que precisemos comer o tempo todo só para manter o nosso metabolismo funcionando. Cientistas sempre se perguntaram quais seriam os motivos pelos quais os mamíferos são tão mais quentes do que os outros tipos de animais. E os fungos podem ser o motivo. Eles descobriram que, para cada grau que uma espécie “perde” de temperatura, as chances de ela ter infecções por fungos aumentam 6%.


Então sabemos que precisamos de um corpo quente para nos livrar desses desagradáveis fungos. A questão então é o quão quente nosso corpo precisa ser.


Os cientistas então criaram um modelo matemático para analisar qual é a temperatura em que estamos mais protegidos contra os fungos mas que não seja tão quente para que precisemos nos alimentar o tempo todo, só para manter a temperatura corporal. E eles chegaram no número 36,7 graus Celsius – que todos que já tiveram febre na vida sabem que é a temperatura corporal considerada normal para nós.

hypescience

NOTA: Certo, a temperatura do corpo então ajuda na defesa contra fungos, mas durante o processo de evolução que supostamente durou milhões de anos, enquanto a temperatura não se mantinha ideal, como funcionava?
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29 de ago. de 2010

AGENTE DA DEMOCRACIA

Ex-professor da USP e do ITA, membro fundador da Academia de Ciências do Estado de São Paulo, consultor do Plano das Nações Unidas para o Desenvolvimento Tecnológico e representante do MEC no Conselho da Agência Espacial Brasileira. Se depois de ler um currículo como esse você tivesse que descobrir qual a crença do tal cientista, em qual teoria apostaria? O evolucionismo, com todos os bilhões de anos, ou o criacionismo, que acredita num mundo criado em sete dias?


Se você respondeu evolucionismo, errou. Isso mesmo. O dono desse histórico é fundador e presidente da Sociedade Criacionista Brasileira, o engenheiro mecânico-eletricista Ruy Vieira. Agora pode vir um pensamento de ressalva: "Ah, ele devia ser religioso desde criança...". Ao contrário, Ruy Vieira só passou a defender o criacionismo quando estava na faculdade de engenharia, fase na qual a maioria adere á visão evolucionista da origem da vida.


Uma das experiências que fizeram Ruy Vieira consolidar sua crença no modelo cracionista foi a leitura deObservações sobre as Profecias de Daniel e Apocalipse, escrito por ninguém menos que Isaac Newton. Depois de ler a obra, o engenheiro fortaleceu as suas crenças, pois “ele tinha do seu lado um grande cientista".


Divisor de águas


O criacionismo moderno nasceu nos Estados Unidos, no começo do século 20. Os americanos conduziram as argumentações sobre a criação bíblica para um viés racional e científico. O primeiro livro criacionista que alcançou o sucesso foi The Genesis Flood (O Dilúvio do Gênesis), datado de 1961. E em 1963 foi criada a primeira associação criacionista do mundo, Creation Research Society. Aqui no Brasil, Ruy Vieira começou a organizar os cientistas criacionistas, idealizando em 1972 a Sociedade Criacionista Brasileira (SCB).


Inicialmente a atividade da sociedade estava limitada à publicação da Folha Criacionista, que era uma tradução de alguns artigos das revistas da Creation Research Society. Vieira traduzia os textos e distribuía entre os universitários e os estudantes do ensino médio. Após 35 anos, a SCB publica cinco periódicos, organiza palestras e seminários em todo o Brasil, além de manter um museu de arqueologia e paleontologia em Brasília, DF.


A SCB foi um marco. A organização mostrou para a comunidade científica do País que há possibilidade de cientistas renomados acreditarem no Design Inteligente, um dos alicerces do criacionismo. O modelo sugere que um ser superior criou todo o universo, pois afirma não ser possível que todos os seres vivos sejam resultados do acaso.


Vieira foi corajoso ao criar a SCB. Mesmo em um país católico, a educação – seja nas escolas ou nas universidades – segue a corrente evolucionista. Ele não teve medo de apresentar as suas idéias e fundamentá-las.


Mas a verdade absoluta, que todos concordam, é que Ruy Vieira foi um agente da democracia. Ele conseguiu introduzir um espaço para os criacionistas. Seu esforço de traduzir textos há 35 anos foi compensado, pois hoje não são traduzidos apenas artigos, mas livros inteiros são colocados à disposição daqueles que têm interesse em aprender e entender a funcionalidade do modelo criacionista.


(Canal da Imprensa)


NOTA: Em sala de aula (curso história) meu professor de Introdução aos Estudos Históricos falou abertamente que ninguém chegaria a lugar nenhum com uma visão religiosa. Bem, se isso for a regra, então as exceções são muitas, Louis Pasteur, Isaac Newton, Rodrigo Silva, Francis Collins, William L. Craig, Adauto Lourenço e a lista prossegue. E é claro Ruy Vieira.


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27 de jul. de 2010

FOSSÉIS APONTAM PARA ANIMAIS GIGANTES

O Jornal da Ciência mostrou um artigo sobre o rato de 6 quilos encontrado por arqueólogos.

Ossos de roedor encontrados no Timor-Leste pertenceram ao maior rato de que se tem notícia, que viveu há menos de 2 mil anos

O peso está mais para o de um cão pequeno ou de um gato com sobrepeso. Seis quilos é realmente inusitado para um rato. Segundo os pesquisadores responsáveis pela descoberta, trata-se do maior rato de que se tem notícia. Ken Aplin, do Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation, na Austrália, e Kris Helgen, do Smithsonian Institution, nos Estados Unidos, escavaram ossos de 13 roedores, 11 dos quais até então desconhecidos para a ciência, em um sítio arqueológico no Timor-Leste.

"O leste da Indonésia é um hot spot da evolução de roedores e exige maior atenção de esforços de conservação. Roedores respondem por cerca de 40% da diversidade de mamíferos no mundo e são elementos-chave dos ecossistemas, importantes para processos como manutenção dos solos e dispersão de sementes.

Manter a biodiversidade entre ratos é tão importante como proteger aves ou baleias", disse Aplin. Análises feitas pelos pesquisadores indicaram que o rato de 6 quilos - do gênero Coryphomys - viveu até cerca de 1,5 mil anos atrás, no mesmo período que a maioria dos outros roedores descobertos.


O Ambiente Brasil mostrou também um fóssil encontrado durante a construção de um hospital na Argentina, de um urso gigante. Segue a Notícia:

Há 700 mil anos [sic], um urso que pode ter passado de 1,5 tonelada atacava os herbívoros de La Plata, na Argentina, com a mesma voracidade que os humanos gaúchos hoje dedicam ao churrasco.

Trata-se, de longe, do maior urso que já viveu, e do maior carnívoro do planeta durante o Pleistoceno (a Era do Gelo), afirma um dos responsáveis por descrever o fóssil, Leopoldo Soibelzon, do Museu de La Plata.“É outra ordem de magnitude [perto dos demais ursos]“, diz Soibelzon. Há registros de ursos-polares com até uma tonelada no começo do século 20. Hoje, eles e os ursos-pardos, os dois maiores bichos do tipo, não passam de 700 kg.O pesquisador apresentou os dados no 7º Simpósio Brasileiro de Paleontologia de Vertebrados, organizado pela Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro).

Os fósseis -dois “braços”, ambos com ossos articulados- amargaram décadas de gaveta antes de ser analisados.

Hospital - “Foram achados durante a construção de um hospital em La Plata, 40 anos atrás. Quando você os vê pela primeira vez, fica achando que são de um mastodonte, de tão grandes”, diz Soibelzon.“Sempre quis trazer a público, mas a vida vai levando, o momento nunca chega.”


A oportunidade veio quando o argentino e uma aluna iniciaram um estudo da massa (o popular peso) dos ossos fósseis. Visitando museus, e com ajuda de um colega americano, Blaine Schubert, da Universidade Estadual do Leste do Tennessee, Soibelzon se deu conta de que nenhum outro urso chegava perto do monstrão.Trata-se, aliás, de um gigante entre gigantes: sua espécie, Arctotherium angustidens, já era conhecida pelo tamanho, mas nunca se imaginou que um indivíduo pudesse ficar tão grande. A explicação para o porte desmesurado do bicho provavelmente tem a ver com o fato de que os ursos são invasores recentes na América do Sul, vindos do norte depois que a América Central se formou e uniu os dois subcontinentes americanos.

“Logo aparece em cena um urso gigantesco num continente, naquela época, quase vazio de carnívoros”, explica Soibelzon. “Tinham um mundo, um supermercado de carne para comer.”

Quando outros carnívoros, como os felinos, foram se estabelecendo na América do Sul, os ursos evoluíram para se tornar menores e mais herbívoros. A única espécie ainda viva na região é o urso-andino (Tremarctos ornatus), com apenas 150 kg. Um estudo sobre o exemplar gigante do Arctotherium angustidens sairá na revista “Journal of Paleontology”.

NOTA: A Bíblia afirma que havia seres de estatura maior que o comum hoje, isso é o que os fósseis vem revelando. Ratos, ursos, escorpiões, crocodilos e vários outros animais cujos fósseis são encontrados apontam para o fato de que a evidência sustenta a história bíblica. Lembrando um enorme detalhe, a fossilização anda de mãos dadas com o dilúvio bíblico, mesmo levando em conta que os fósseis em destaque parecem ser de um período pós-dilúvio.

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22 de jul. de 2010

POR QUE PICA-PAUS NÃO FICAM COM DOR DE CABEÇA?

Você já viu um pica-pau detonar um tronco e se imaginou “como que esse bicho não fica com dor de cabeça”? Nós temos a resposta!

Primeiro, saiba que pica-paus, quando estão “inspirados” batem a cabeça cerca de 20 vezes por segundo na madeira. Mas há músculos, ossos e pálpebras reforçadas que protegem os olhos e o cérebro do bicho.Músculos fortes e densos no pescoço do pássaro dão a ele a força necessária para que ele bata repetidamente a cabeça. Mas são os músculos extras na sua cabeça que o protegem de se machucarem, funcionando como um capacete para o cérebro. Diferente do cérebro humano, o cérebro do pica-pau está confinado por esses músculos.Milisegundos antes de bater a cabeça o pica-pau contrai seus músculos do pescoço. Depois fecha sua pálpebra grossa.A pálpebra age como um “cinto de segurança” para os olhos – sem ela a retina do pássaro poderia se romper ou, mais bizarro, o olho poderia saltar para fora da cabeça dele.Essas medidas de segurança são especialmente úteis para os machos, que batem a cabeça cerca de 12 mil vezes por dia quando estão fazendo a corte para alguma fêmea.

(Hypescience)

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16 de jul. de 2010

DAWKINS: OCUPADO DEMAIS


Em vídeo postado no youtube, um rapaz se dirige a Richard Dawkins com a pergunta que não quer calar: se Dawkins é o apologeta ateu mais conhecido, e se William Lane Craig é o seu contraponto do lado cristão, por qual motivo o autor de Deus: um delírio continua recusando-se a debater publicamente com Craig? O próprio inquiridor expõe que William Lane Craig já convidou o cientista várias vezes para um confronto de ideias. Dawkins arrogantemente responde que sempre quis debater com padres, bispos, papas; mas não lhe agrada a ideia de debater com um criacionista que é conhecido como debatedor profissional (bobo ele não é...) e ainda diz que o oponente tem que ser mais do que isso, afinal, ele é um homem muito ocupado!

Não escondo que achei graça na resposta de Dawkins. Para quem dizia, até pouco tempo, que jamais debateria com criacionistas “para não lhes dar um verniz de credibilidade”, o biólogo anda arranjando desculpas demais para não ter de encarar os oponentes. Se em seu recente livro O maior espetáculo da Terra, Dawkins afirma que os criacionistas negam o processo evolutivo como quem nega que, por exemplo, que a Independência americana aconteceu, parece-me que ele teria motivos sobejos para esfregar suas aclamadas certezas no focinho de qualquer “retrógrado” defensor da Terra Jovem. Não é o que parece.

Se Dawkins conhece somente a fama de orador de Craig, alguém precisa lhe informar o currículo completo do desafiante com urgência. William Lane Craig possui dois PHDs, um em Filosofia pela Universidade de Birmingham (Inglaterra) e o outro, em Teologia pela Universität München (Alemanha). É especialista em evidências históricas da Ressurreição de Cristo, estudos do Novo Testamento e possui conhecimento na área de Cosmologia, Filosofia Clássica e Lógica. Se a hesitação de Richard Dawkins se devia à qualificações acadêmicas de Craig, problema resolvido!

Seria muito oportuno um confronto direto entre estas duas mentes. No entanto, penso que, a julgar pelo desempenho claudicante de Dawkins durante o debate com John Lennox, o rabugento ateu tem outras razões para evitar o confronto com Craig: suas próprias limitações. Parece que quando o adversário não é o pároco simplório da sul da Itália, é melhor não arriscar...

Questão de Confiança

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14 de jul. de 2010

ESPECIALISTA DA NASA É DESPROMOVIDO POR FALAR DE DESIGN INTELIGENTE

Especialista de Missão da NASA Despromovido por Partilhar suas Visões sobre o Design Inteligente.

Foi feita uma queixa legal contra o Laboratório de Propulsão a Jacto (LPJ) a favor de um funcionário que afirma que foi despromovido, silenciado, intimidado e ameaçado com demissão por debater suas convicções sobre design inteligente com os colegas de trabalho. O Instituto de Tecnologia da Califórnia opera o LPJ sob um contrato com a NASA.

Em Março de 2009, David Coppedge — que trabalhou como especialista técnico de alto nível na “equipe de ponta” na missão Cassini do LPJ para Saturno desde 2000 — foi, pelo que se alega, punido na base de “promover [sua] religião”.

De acordo com o Fundo de Defesa Aliança (FDA), o escritório de advocacia de interesse público que está a tratar do caso, Gregory Chin, o supervisor de Coppedge, disse-lhe que os seus colegas de trabalho se haviam queixado de que ele estava a promover as suas opiniões “religiosas” ao debater o design inteligente e a oferecer-lhes DVDs. Coppedge diz que nunca teve nenhuma discussão com ninguém que não quisesse conversar com ele. Pelo que se alega, então Chin disse que Coppedge perderia seu emprego se ficasse “promovendo [sua] religião”, ordenou que ele não debatesse política ou religião com ninguém em seu escritório, e declarou que o “design inteligente é religião”.

De acordo com Coppedge, ele disse para Chin que obedeceria, mas que ele sentia que seus direitos constitucionais estavam a ser violados.

No mês seguinte, autoridades do LPJ deram a Coppedge um aviso por escrito pelas suas actividades “indesejadas”, “perturbadoras” e “prejudiciais. O aviso ordenava que ele se abstivesse de tal conduta ou ele enfrentaria mais medidas disciplinares, incluindo demissão. Os pedidos de Coppedge por detalhes específicos com relação às alegações foram rejeitados. Poucos dias depois, o LPJ despromoveu Coppedge do cargo.

De Abril a Agosto de 2009, Coppedge diz que foi tratado de forma evasiva ao tentar usar um “processo de apelo interno” para desafiar a acção tomada contra ele. Em Abril de 2010, um ano depois que o LPJ foi notificado de um potencial processo e uma reivindicação baseada na Lei de Igualdade no Emprego e Habitação, Coppedge foi informado de que o aviso escrito seria removido de seu arquivo pessoal, mas que ele não seria restaurado à sua posição na equipe de ponta, que oferecer DVDs sobre design inteligente era impróprio, e que ele não poderia debater o design inteligente com os colegas de trabalho.

“Os funcionários não deveriam ser ameaçados de demissão e punidos por compartilharem suas opiniões com colegas de trabalho desejosos de falar no assunto só porque as opiniões que estão a ser partilhadas não se encaixam no que é politicamente correcto”, disse Joseph Infranco, advogado sénior da FDA. “O Sr. Coppedge sempre sustentou que o design inteligente é uma teoria científica. Apesar disso, o LPJ cometeu discriminação contra ele na base do que eles consideram ‘religião’. A única discussão permitida é o que se encaixa na agenda deles. Desvie-se dessa agenda, e você é silenciado e punido. Isso não combina com a admirável reputação que, em outros aspectos, o LPJ tem na indústria”.

Um porta-voz do LPJ disse à LifeSiteNews.com que o LPJ ainda não recebeu o processo, de forma que ainda não tem uma declaração a fazer sobre o caso.

http://lifesitenews.com

NOTA: Isso se torna até absurdo, se Darwin em seu tempo tivesse sido proibido de propagar suas teses evolucionistas de forma decisiva e autoritária por parte da editora de John Murray, hoje a editora seria acusada de autoritária, alienada, de silenciar a "voz da verdade" a força. Mas como se trata, hoje, de uma teoria que leva em conta um projetista, a coisa é diferente, já pensão que são "iluminados" de mais. Queria ver se a notícia fosse de uma ateu disseminando ideias ateístas em uma comunidade religiosa e tendo suas idéias não aceitas, nem precisava ser silenciado pela "força da autoridade". Daria muito o que comentar.
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