Senadora propôs plebiscito sobre o aborto e disse que nunca foi radicalmente contra os transgênicos
Apesar de desviar sucessivamente do rótulo de candidata na entrevista, Marina falou durante todo o programa como quem está decidida a concorrer em 2010. E reagiu às sucessivas perguntas sobre temas relacionados à sua religiosidade. "Quando eu fazia campanha para o presidente Lula, eu era escalada para tentar desmistificar a ideia de que ele, se ganhasse, seria contra a família, a igreja. Agora, estou tendo de me explicar porque tenho espiritualidade", queixou-se Marina. "As pessoas terem espiritualidade não significa que sejam obscurantistas."
Marina se viu em meio à polêmica sobre o criacionismo após participar de um seminário sobre o tema, em 2008. Na ocasião, a então ministra teria dito que é favorável a que a versão bíblica sobre a criação do mundo seja ensinada nas escolas ao lado do evolucionismo de Charles Darwin. Ao participar na segunda do programa Roda Viva, da TV Cultura, Marina afirmou que jamais fez essa defesa e disse ter havido um "equívoco". "Colocaram esse debate na minha boca", afirmou.
A senadora disse que foi mal compreendida após ser questionada sobre o fato de escolas adventistas incluírem no currículo o estudo do criacionismo. Ela destacou que, ao falar especificamente dessas instituições, declarou que os jovens poderiam fazer a escolha que julgarem mais sensata. "Eu nunca defendi o criacionismo", continuou a senadora. "Eu acredito em Deus e que Deus criou todas as coisas. Só isso." [...]
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