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15 de out. de 2009

HOMO ERECTUS DE DMANISI DERRUBARAM PRECONCEITOS EVOLUCIONISTAS

A pacata Dmanisi fica a 85 quilómetros a sudoeste de Tbilisi, capital da Geórgia. A nível paleantropológico, esta região tem oferecido surpresas inesperadas à comunidade evolucionista.
Em 1991, cientistas encontraram uma mandíbula de um hominídeo. A nunca falível datação radiométrica deu-lhe uma idade de 1,6 milhões de anos [sic]. Foi considerada a mandíbula de um Homo erectus.


Nos tempos que se seguiram, a descoberta foi recebida com grande cepticismo nos meios evolucionistas. E por quê?

Os evolucionistas acreditavam que os humanos não tinham saído de África antes de 1 milhão de anos atrás e a mandíbula maravilhosamente preservada – com cada dente no seu lugar – parecia estar numa condição boa demais para ser tão antiga quanto os cientistas georgianos diziam [*1].

A equipa não desanimou e continuou a trabalhar no sítio. Em 1999, descobriram crânios do mesmo tipo de indivíduo e a comunidade evolucionista desta vez rendeu-se ao achado. Por esta altura, os depósitos de sedimentos onde foram encontrados os fósseis já tinham sido reavaliados em 1,85 milhões de anos [sic].

Comprovado este achado, estava na altura de deitar abaixo ideias que, até então, constituiam o pensamento evolucionista sobre os antepassados humanos:

  • Os evolucionistas acreditavam que os humanos não poderiam ter deixado a África antes de desenvolverem uma tecnologia mais avançada do que os simples cutelos e lascas que foram encontrados com os fósseis;
  • Afirmavam que os primeiros humanos a deixarem África eram altos e com um cérebro grande. Alguns dos Homo erectus de Dmanisi tinham capacidade cranial menor do que o Homo habilis, o alegado antecessor (já não é, aliás);

Resultados publicados na Nature.


Tamanho dos crânios


Para surpresa dos cientistas, os três crânios encontrados tinham capacidade cranial de 770 cm3 (centímetros cúbicos), 650 cm3 e 600 cm3 – menos de metade de um cérebro moderno [*2]. Foi grande choque para os evolucionistas darem conta de que um cérebro pequeno não significa, necessariamente, menos inteligência. Anatole France foi um romancista vencedor de um prémio Nobel. A sua capacidade cranial era apenas de 933 cm3. Compara isto com a média de 1300 cm3 de um humano moderno. Ainda mais surpreendente é o caso de Daniel Lyon, um trabalhador do século XIX dos caminhos de ferro de Pennsylvania, que tinha apenas uma capacidade cranial de 624 cm3. Não tinha limitações nem físicas nem mentais.


Há dados científicos que concluíram que não há relação directa entre a capacidade cranial e a inteligência.


Grande variabilidade humana


A grande diversificação cranial dos erectus de Dmanisi levou o líder da equipa a dizer que uma das coisas mais importantes destes indivíduos é que eles dão a “oportunidade de pensar sobre o que é a variação” [*3]. Bingo senhor Lordkipanidze! A variabilidade que hoje existe (compara um pigmeu ou o homem mais baixo do mundo a tipos como o Shaquille O’neal ou o homem mais alto do mundo) é a mesma que é possível encontrar no registo fóssil. Humanos sempre foram humanos, por mais que os evolucionistas tentem fazer primatas a partir de seres humanos.


Mais recentemente, juntou-se à controvérsia as evidências de que estes erectus falavam.


CONCLUSÃO


Philipe Rightmire, um dos paleoantropólogos envolvidos, disse: “É interessante que tudo tenha sido abalado, mas é frustrante que algumas das ideias que pareciam promissoras há oito ou dez anos não se sustentem mais” [meu destacado] [*4]. O evolucionista chama-lhe actualização de conhecimento. O cristão chama-lhe especulação e puro devaneio. Daqui a dez anos novas descobertas irão atirar com as ideias que actualmente parecem promissoras para o lixo. A lição que o cristão deve tirar disto é que não vale a pena ficar preocupado sempre que a “ciência” desencanta mandíbulas e crânios que parecem pertencer a um antepassado simiesco nosso. Os imaginários ramos que unem os humanos, gorilas, chimpanzés, macacos e os seus antepassados não passam disso mesmo: ficção.


REFERÊNCIAS OU NOTAS:


[*1] – “Estrangeiros na nova terra“, Scientific American Brasil Edição Especial nº 17, pág. 44

[*2] – Idem, pág. 45

[*3] – Ibidem, pág. 45

[*4] – Ibidem, pág. 48


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