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13 de jul. de 2009

Design Inteligente em planta do deserto


(Hypesciense)

Qualquer jardineiro iniciante acharia ótimo uma planta que se rega sozinha. Agora pesquisadores mostram uma planta que faz exatamente isso: A ruibarbo do deserto recolhe 16 vezes mais de líquido do que as outras plantas da região.


Em um lugar que recebe uma média de 75 mm de chuva por ano (o ruibarbo cresce nas montanhas do Deserto do Negev, em Israel), qualquer gota d’água conta. E então, as plantas do deserto têm maneiras para capturar água para ficarem hidratadas. A planta ruibarbo (Rheum palaestinum), porém, captura de uma maneira completamente diferente: É um grande canal de água para uma raiz só.


Entenda como funciona o truque para saciar a sede


Com uma das quatro folhas em uma roseta, de longe a planta parece um pedaço rígido de repolho, mas de perto dá para ver cada folha, que mede cerca de 70 cm, e é marcada com depressões profundas e com sulcos. De um modo geral, as folhas funcionam como uma superfície montanhosa de uma região, em uma menor escala. Como as montanhas e vales que forçam uma rota de água dentro de um rio, as folhas da planta cercam água da chuva pelo chão em um canal da raiz do ruibarbo. As folhas também são revestidas com cera, o que ajuda na aceleração do fluxo da água para partes fundas da folha, e da raiz. A maioria das plantas vizinhas simplesmente sobrevive das gotas de chuva que penetram diretamente no chão em volta delas.


Simcha Lev-Yadum e seus colegas da Universidade de Haifa-Orim, em Israel, descobriram esse fenômeno em campo, onde notaram que as folhas possuíam uma superfície com um aspecto estranho. Depois dos experimentos em laboratório e analisar o crescimento da planta, os pesquisadores descobriram que o ruibarbo pode armazenar altas quantidade de águas similares a das plantas mediterrâneas, onde a água pluvial pode alcançar 426mm, anualmente.


Quando a equipe regou artificialmente a planta, puderam observar que a água é canalizada ao longo dos veios até em volta do solo onde penetra até 10 cm de profundidade. “Nós estamos surpresos porque [o fenômeno] não era conhecido, e é muito bonito e também nossos bons cientistas que foram nossos professores e mentores conheciam a planta e perderam o principal, disse Lev-Yadum para o LiveScience.


A nova descoberta está detalhada na edição de março da revista científica Naturwissenschaften.




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